Espécies madeireiras da Amazônia: riqueza, nomes populares e suas peculiaridades

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Os nomes populares das espécies vegetais desempenham um papel importante na identificação e uso das espécies madeireiras na Amazônia. No entanto, a variação regional e a aplicação inconsistente desses nomes podem gerar erros significativos no manejo florestal sustentável. Estudos recentes analisaram a riqueza de espécies madeireiras exploradas e a diversidade de nomes populares atribuídos a elas em diferentes regiões da Amazônia brasileira.

As análises indicaram uma elevada riqueza de espécies comerciais, mas com baixa similaridade entre as espécies exploradas nas diferentes regiões, refletindo particularidades locais na escolha das espécies. Foi observado que os nomes populares podem variar amplamente, apresentando dois padrões principais: um mesmo nome é frequentemente usado para várias espécies diferentes, enquanto algumas espécies podem ter múltiplos nomes populares em diferentes locais. Essa variação está geralmente associada aos gêneros e famílias botânicas, mas torna-se mais complexa quando é necessário identificar as espécies de maneira precisa.

Para abordar esses desafios, foram estudados planos de manejo florestal sustentável que cobriram diversas categorias e regiões, indicando que, embora haja casos de fidelidade nos nomes populares das principais espécies madeireiras, a inconsistência na nomenclatura pode impactar negativamente as práticas de manejo e a comercialização de produtos florestais. A padronização ou a melhor comunicação entre as regiões pode ajudar a minimizar esses problemas, promovendo um manejo mais eficiente e sustentável.

Essas informações reforçam a importância de investimentos em taxonomia botânica aplicada ao manejo florestal, além de destacar a necessidade de criar sistemas integrados de nomenclatura que considerem tanto a diversidade biológica quanto os aspectos culturais locais.

Vinicius Costa Cysneiros

Joaquim Oliveira Mendonça Júnior

Tomaz Ribeiro Lanza

Juan Carlos Resende Moraes

Otávio José Magalhães Samor

DOI: https://doi.org/10.4336/2018.pfb.38e201801567

Palavras-chave: Gestão florestal, Biodiversidade, Nomenclatura botânica

Espécies madeireiras da Amazônia

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