Valor da floresta em pé é conversa fiada

“Valor da floresta em pé é conversa fiada”

Em meio ao cenário crucial da preservação ambiental, os produtores que dedicam seus esforços à manutenção da floresta em pé se deparam com uma realidade frustrante: a falta de pagamento por parte das entidades que os cobram por essa importante atuação. Apesar de reconhecerem o valor dos serviços ambientais prestados por esses produtores, essas entidades se recusam a honrar seus compromissos financeiros, deixando-os em uma situação de incerteza e insegurança.

No Roda Viva, Mauro Mendes, governador de Mato Grosso, disse ainda que “os brasileiros sozinhos não vão salvar o mundo”

“Nós brasileiros temos que ter clareza o seguinte, não vamos sozinhos salvar o mundo. Não podemos ficar preservando as nossas florestas aqui, para sequestrar carbono, enquanto a China, os EUA e a Europa ‘aumentam’ o consumo de carvão”, 

Essa situação gera um sentimento de desmotivação e indignação entre os produtores, que se sentem desvalorizados e enganados. Afinal, dedicam tempo, recursos e trabalho árduo para manter a floresta em pé, garantindo a preservação da biodiversidade, a regulação do clima e a proteção dos recursos hídricos, benefícios que impactam positivamente toda a sociedade.

É fundamental que as entidades responsáveis pelo pagamento dos serviços ambientais reconheçam a importância do trabalho dos produtores e cumpram com seus compromissos financeiros. A floresta em pé é um bem precioso que exige investimento e dedicação, e os produtores que assumem essa responsabilidade merecem ser recompensados de forma justa e transparente.

Primeiro que esse valor financeiro [decorrente da ação de manter a floresta em pé] até hoje é conversa fiada. Pouquíssima coisa aconteceu no Brasil e no mundo. Olha para as florestas tropicais aqui e nos países sul-americanos e pergunta se alguém recebeu alguma coisa, uma migalha aqui, um tiquinho ali, é muita conversa e pouco resultado”, argumenta o governador.

A falta de pagamento não apenas afeta os produtores individualmente, mas também coloca em risco a preservação da floresta em si. Sem a devida remuneração, esses produtores podem se ver obrigados a buscar alternativas menos sustentáveis para garantir sua renda, como o desmatamento para atividades agrícolas ou pecuárias.

É necessário que medidas sejam tomadas para garantir que os produtores que mantém a floresta em pé recebam o pagamento pelos serviços ambientais que prestam. Isso pode ser feito através da criação de mecanismos de cobrança mais eficientes e transparentes, da implementação de políticas públicas que incentivem a preservação ambiental e da conscientização da sociedade sobre o valor dos serviços ecossistêmicos.

 

A preservação da floresta em pé é uma responsabilidade de todos nós. É fundamental que os produtores que se dedicam a essa missão sejam reconhecidos e valorizados, e que as entidades responsáveis cumpram com seus compromissos financeiros.