Acre em situação de emergência por risco de incêndios florestais

A seca histórica e prolongada na região amazônica elevou consideravelmente o risco de incêndios florestais na região.

O Ministério do Meio Ambiente incluiu as regiões do Vale do Acre e Vale do Juruá no decreto de emergência ambiental devido aos riscos iminentes de incêndios florestais. A portaria do decreto, assinada pela ministra Marina Silva, foi publicada pelo governo federal no Diário Oficial da União (DOU) em 8 de fevereiro.

Determinação é válida no período entre os meses de abril e novembro deste ano. Em 2023, Acre registrou 6.562 focos de calor.

A determinação abrange o período entre abril e novembro deste ano, conforme dados coletados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma). Essas informações têm como base o material produzido pelo Programa Queimadas (BDQueimadas) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Durante o período de janeiro a dezembro de 2023, foram detectados 6.562 focos de calor no Acre. Em comparação, no mesmo intervalo de 2022, o total de focos de calor atingiu 11.840. O alcance do decreto não se restringe apenas ao Acre, mas abrange outras regiões e mesorregiões do país, considerando os períodos em que essas áreas historicamente apresentam maior incidência de focos de incêndio.

Em 2023, a Amazônia brasileira enfrentou a maior extensão de área queimada dos últimos cinco anos, registrando um impacto devastador em mais de 10,7 milhões de hectares. Esse aumento de 36% em comparação com o ano anterior foi revelado pelo Monitor do Fogo, uma iniciativa coordenada pelo IPAM na rede MapBiomas.

ACRE INCENDIOS FLORESTAIS

Apesar de o avanço impressionante das chamas ser impulsionado pelos efeitos do fenômeno climático El Niño, é crucial ressaltar que a responsabilidade pelos incêndios florestais na Amazônia recai diretamente sobre a ação humana. A constatação é que a floresta amazônica só entra em combustão quando alguém a incendeia.