Preço do eucalipto se valorizou 150% desde 2020

Nos últimos anos, o Mato Grosso do Sul emergiu como um dos principais polos produtores de madeira do Brasil, consolidando-se como protagonista nesse cenário. Conforme apontam dados do Boletim Casa Rural – Florestas Plantadas, divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), a valorização expressiva do preço do eucalipto nas regiões de Campo Grande e Três Lagoas, entre 2020 e 2023, sinaliza o vigor desse setor.

A ascensão foi notável, com um aumento de 149,8% no valor do metro cúbico da madeira de eucalipto clonal, saltando de R$ 59,29 para R$ 140,62 nesse período. Paralelamente, a madeira de eucalipto citriodora registrou uma valorização de 45,8%, apresentando uma oscilação na cotação entre R$ 65 e R$ 125 em novembro de 2023. Destaca-se que o eucalipto citriodora é particularmente procurado por indústrias focadas na produção de madeira tratada, evidenciando a diversificação e especialização do mercado.

No que tange aos setores por faturamento, a celulose desponta como líder nas exportações sul-mato-grossenses, contribuindo com expressivos 99,09% dos embarques. Em seguida, figuram o papel (0,75%) e a madeira (0,15%). Essa dinâmica destaca a robustez da cadeia produtiva de celulose no estado, evidenciando sua significativa participação nas transações internacionais.

No cenário global, a China assume a dianteira nas importações dos produtos de base florestal do Mato Grosso do Sul, abocanhando 54,8% do faturamento do segmento no estado. Os Estados Unidos e a Itália figuram como importantes parceiros comerciais, respondendo por 10,4% e 7,6% do faturamento, respectivamente. Essa diversificação de destinos de exportação contribui para a resiliência do setor, mitigando riscos associados à dependência de um único mercado.

O setor de base florestal desenha uma paisagem impressionante, cultivando aproximadamente 1,28 milhões de hectares de eucalipto, distribuídos em 72 municípios. Três Lagoas destaca-se como líder nesse plantio, abrangendo 22,2% da área total. Ribas do Rio Pardo e Brasilândia também desempenham papéis significativos, contribuindo com 21,7% e 11% da área cultivada, respectivamente. Essa disseminação territorial atesta a abrangência e importância do setor para diversos municípios do estado.

Ao observar esse panorama, é evidente que o Mato Grosso do Sul não apenas testemunha o crescimento exponencial da produção de madeira, mas também se firma como um ator crucial no mercado nacional e internacional. O investimento em tecnologia, a busca incessante por eficiência e a diversificação de produtos fortalecem a sustentabilidade desse setor, pavimentando o caminho para um futuro promissor. O comprometimento com práticas ambientalmente responsáveis e a busca contínua por inovação são pilares que sustentam essa jornada de sucesso.

Diante desse quadro, é inevitável reconhecer a importância estratégica do Mato Grosso do Sul como um polo vibrante na produção de madeira, um protagonista que não apenas atende à demanda nacional, mas que também conquista mercados globais com qualidade, inovação e sustentabilidade. A cada metro cúbico de madeira, o estado escreve uma história de êxito, transformando recursos naturais em pilares sólidos para o desenvolvimento econômico e ambiental.